Bolsas de NY têm maior baixa semanal em dois anos

25 de março de 2018

Por Hugo Passarelli, com agências internacionais | Valor

SÃO PAULO – (Atualizada às 18h45) As medidas protecionistas do presidente americano, Donald Trump, continuaram a espalhar pessimismo pelos mercados globais nesta sexta-feira (23). Os principais índices da Europa, Japão, Xangai e Hong Kong voltaram a cair hoje e estenderam a queda na semana para mais de 3%. Em Nova York, as baixas aceleraram na última hora de sessão e levaram o Dow Jones, S&P 500 e o Nasdaq ao recuo semanal mais forte desde janeiro de 2016.

Pressões de todos os lados não faltaram para derrubar os índices americanos ao longo da semana. Do noticiário corporativo, o Facebook arrastou o setor de tecnologia ao ser colocado no centro de um debate sobre privacidade em redes sociais. No campo político, Trump confirmou a taxação na importação de produtos da China, cujo impacto pode ser de até US$ 60 bilhões. A China apresentou, em retaliação, US$ 3 bilhões em tarifas contra os Estados Unidos.

No fechamento, o Dow Jones caiu 1,77%, aos 23.533,20 pontos, o S&P 500 recuou 2,10%, aos 2.588,26 pontos, e o Nasdaq registrou baixa de 2,43%, aos 6.992,66 pontos — na semana, as baixas acumuladas foram de 5,67%, 5,95% e 6,54%, respectivamente. O Dow Jones, por exemplo, retrocedeu 1.414 pontos só nesta semana, atingindo o nível mais baixo desde novembro do ano passado.

Destaques

As ações das companhias dos setores financeiro e de tecnologia puxaram a forte queda das bolsas de Nova York nesta sexta-feira. O Facebook, envolvido em um escândalo de violação de privacidade, caiu 14% nesta semana, o pior desempenho desde 2012. Outras companhias de tecnologia perderam terreno, com Twitter, Apple e Google retrocedendo cerca de 7% na semana cada um.

Ações de manufatureiras e produtoras de aço e alumínio também afundaram com a expectativa de que o lucro dessas companhias pode ser afetado pelas medidas protecionistas de Trump — que determinou a aplicação, a partir de hoje, de tarifas para o aço (25%) e o alumínio (10%) importados. a Century Aluminum caiu 20% na semana, enquanto a U.S. Steel perdeu 15% no período e a Caterpillar recuou 7,8%.

Na prática, as tarifas anunciadas por Trump não terão um grande impacto na economia, mesmo se implementadas em sua íntegra. Mas isso não necessariamente dita como os participantes do mercado vão reagir, disse Andre Hunter, economista da Capital Economics. A reação dos investidores na quinta (22) e nesta sexta mostrou “que existe um risco claro de a confiança continuar a piorar. E o risco de uma escalada do conflito comercial com a China pode ser muito maior”, afirmou.

Entre as commodities, o petróleo fechou na máxima de oito semanas, anotando ganhos de mais de 5% na semana. Os contratos do Brent para maio fecharam em alta de 2,2%, a US$ 70,45 por barril, na ICE, em Londres, ultrapassando a marca dos US$ 70 pela primeira vez desde janeiro.Os contratos do WTI para o mesmo mês subiram 2,5%, a US$ 65,88 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

[Publicado em Valor Econômico –24/03/2018] –  Ver notícia original


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